“Nem a terra pura nem o inferno
existem fora de nós, ambos se encontram apenas em nosso coração. Aquele que
desperta para isso é chamado buda, e aquele que o ignora é chamado mortal
comum. O Sutra de Lótus revela essa
verdade, e aquele que abraça este sutra perceberá que o inferno é a própria
Terra da Luz Tranquila.”
(...)
“Do índigo, um azul ainda mais
forte.” Esta passagem indica que ao
mergulhar algo repetidas vezes na tintura de índigo, o resultado será um azul
ainda mais intenso que o das próprias folhas da planta. O Sutra de Lótus é como
o índigo, e o poder da fé de uma pessoa é como o azul que se torna cada vez
mais intenso.”
Nitiren Daishonin dirigiu este
gosho a esposa do então falecido Nanjo Hyoe Shichiro, também conhecido como
lorde Ueno.”
CENÁRIO HISTÓRICO
No primeiro trecho destacado,
Nitiren esclarece que o inferno e a terra da luz tranquila se encontram dentro
do próprio coração humano. Ou seja, os
dez mundos (Inferno, Fome, Animalidade, Ira, Tranquilidade, Alegria, Bodisatva
e Buda) existem no interior de nossa própria vida e se manifestam através dos
dez fatores, quais sejam: aparência, natureza, entidade, poder, influência,
causa interna, causa externa, efeito latente, efeito manifesto e consistência
do início ao fim. Por outro lado, esta constatação nos proporciona o poder de
transformar nosso estado de vida básico através da recitação do
Nam-myoho-rengue-kyo.
No segundo trecho em destaque,
Nitiren Daishonin exalta mais uma vez o poder da fé. O Sutra de Lótus é o
mesmo, entretanto, a manifestação dos
benefícios oriundos da prática do budismo tem relação com o tamanho da fé que cada
pessoa apresenta e com seu poder de perseverar neste caminho.
Em resumo, neste trecho do gosho,
Daishonin revela a importância de se fortalecer a nossa convicção, para que
possamos desfrutar de mais benefícios e boa sorte em nossa vida.
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